Em 2007, quando interpretou a garota de programa Bebel, na novela "Paraíso Tropical", Camila Pitanga elevou a libido masculina a níveis estratosféricos. Na época, recusou convites para posar nua; engravidou e teve a primeira filha, Antônia. Agora, aos 34 anos e em ótima forma, a atriz volta a atrair olhares de gula na pele de Lavínia, que no filme "Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios", de Beto Brant e Renato Ciasca, baseado no livro de Marçal Aquino, aparece nua e faz sexo quente. Nesta entrevista, ela fala sobre a experiência.
Como encarou cenas de sexo e nudez pela primeira vez?
Tenho cuidado com isso. O Beto Brant trata o sexo como poesia. Nesse contexto, ficar exposta é compor um quadro de beleza. Me joguei sem medo porque sou apaixonada pela história e a equipe era muito comprometida.
Como recebeu o convite para fazer Lavínia?
Sempre quis trabalhar com o Beto Brant. Já tinha lido o livro do Marçal e me apaixonei pela Lavínia. Foi uma felicidade. A personagem pedia uma entrega enorme, ela passa por várias crises ao longo do filme. Precisei conhecer sentimentos que não são nada confortáveis. Foi um processo forte de autoconhecimento. Por isso mesmo, muito atraente para uma atriz.
Você montou uma coleção de filmes, que batizou de "videoteca lavinial", para inspirá-la. Poderia citar alguns?
Listas podem parecer pretensiosas, mas vou citar um marcante: Eu Te Amo, com a minha musa Sônia Braga (sucesso dos anos 1980, dirigido por Arnaldo Jabor, em que Paulo César Pereio, um empresário falido e abandonado pela mulher, e a personagem de Sônia dão asas a fantasias sobre desejo e paixão).
A atriz como Lavínia em cena de "Eu Receberia as Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios"
Foto: Divulgação
Como foi trabalhar com seu pai, Antonio Pitanga, no filme?
Essa etapa das filmagens foi feita no Rio, de madrugada, emagreci muito. Papai filmou comigo na reta final. Foi um bálsamo ter o colo que mais amo por perto.
Você também gravou em Santarém, Pará. Já tinha ido lá?
Nunca. Conheci outro Brasil, com uma riqueza cultural incrível. Foi uma experiência linda e inesquecível! Praticamente morei em Santarém, onde descobri o carimbó e me encantei com essa dança típica. Conheci heróis locais, como Dinael e Dadá, que estão arriscando a vida pelo reconhecimento e demarcação de terras indígenas. Eles foram nossos anfitriões numa comunidade chamada São Pedro, aonde chegamos depois de oito horas de viagem em barco. Foi tudo intenso e novo. E não posso deixar de citar meus mergulhos no rio Tapajós.
O que ficou para sua vida dessa experiência?
O filme mexeu muito comigo. Estou borbulhando, querendo aprender mais, me aprimorar. Mergulhei numa rotina diária de estudos: aulas de canto, dança e consciência corporal. Quero descobrir novas possibilidades, outras cores. Isso está me dando muita felicidade.
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